“Você ama o que você faz?” Essa é uma pergunta levantada por Steve Jobs que em seguida afirmou: Ame o que faz e nunca irá precisar trabalhar na vida.
E aí, você ama o que você faz? Se ainda não, deveria. Acredite! É extremamente recompensador e gratificante. Esta é uma frase atribuída a Steve Jobs. Na real, tenho minhas dúvidas se foi de criação dele, pois isso é uma frase recorrente no dia a dia de quem trabalha ou produz alguma coisa. Mas é inevitável que a partir do momento que foi citada por ele, ela ressoou como um grito reflexivo.
Segundo a lenda, o que ele disse foi:
“Seu trabalho vai ocupar grande parte de sua vida, a única forma de estar realmente satisfeito com ele é fazer o que acredites ser um grande trabalho. E a única forma de fazer um trabalho genial é amar o que você faz. Se você ainda não o encontrou, continue procurando, nunca se detenha. Igualmente como todos os assuntos do coração, você saberá quando o encontrares. E, como qualquer grande relação, somente ficará melhor e melhor com o passar dos anos. Então, continue a busca até que o encontres, nunca te detenhas.”
A partir daí essa frase virou um mantra entre os que o seguem. Tudo bem, ele não era nenhum líder religioso, mas fez de sua empresa uma espécie de império tão fabuloso que os que amam os produtos Apple adoram segui-lo e são fãs do que a empresa oferece. Mas, após a sua morte, isso tem mudado um pouco. Coisas para outro papo.
Eu sou da geração dos anos 80 e estou tentando ainda entender essa galera da Geração Y e da Geração Canguru. Hoje vivo na pele o que eu ouvia há uns 30 anos quando alguém, mais velho obviamente, expressava o termo “Choque de Gerações”.
Crescia nas ruas do bairro, brincando de pique, de bolinha de gude, de futebol, quando minha mãe gritava por meu nome (completo, por sinal) para que voltássemos à casa para concluir as tarefas do lar e estudar.
Ela tinha o prazer de dizer para as suas visitas que eu era um bom aluno e que o sonho dela era que eu fosse alguém importante na marinha, alguém do alto escalão.
Nessa época, o orgulho das famílias era que seus filhos tivessem alguma patente militar. Isso impunha respeito, acima de tudo. Ou que fossem médico, advogado, engenheiro. Profissões de extremos valor para aquela década, já que éramos um país em amplo desenvolvimento. Mas o mais importante era que estas profissões pagavam relativamente bem e eram consideradas empregos para a vida toda.
Uau! Pra vida toda. Isso parece muito tempo.
Enquanto alguns adoram essa ideia de estabilidade, outros se assustam com ela.
É isso o que eu quero para o resto da vida?
Se você ama o que você faz talvez, não se identifique com o personagem do vídeo abaixo. Nele, vemos que o seu autor, Steve Cutts, passa de forma bem expressiva nessa animação o filme da vida, no final, o personagem percebe que sua morte iminente não é tão assustadora quanto parece:
Com o passar dos anos, nossa geração trabalhou incessantemente pela conquista de um mundo mais fácil de se viver. Foram desenvolvidos processos de trabalhos automatizados, a tecnologia foi amplamente modificada, e o conforto veio de vez.
Citei acima alguns pontos para um debate mais aprofundado, mas prefiro não me alongar no tema. Fica para uma outra oportunidade.
Alguns dizem que tudo está mais fácil, mas a sabedoria me diz que tudo isso de “estar mais fácil” não passa de um ponto de vista. A geração anterior sempre considerará a atual mais confortável de se viver.
Hoje, diversas profissões de duas décadas atrás simplesmente desapareceram. Você sabia que até o início dos anos 90, quem não tinha um curso de datilografia, estava fora do mercado?
Pois é, a coisa está tão ultrapassada que talvez você nem saiba o que é. Em resumo, você tinha que fazer um curso para usar de forma perfeita as máquinas de escrever. Depois, com a popularização dos computadores pessoais, vieram os cursos de digitação, que também não resistiram ao tempo e nem ao auto aprendizado dos novos usuários de teclado.
Dinheiro não traz felicidade ou manda buscar?
Com a entrada dos computadores e da internet em nossas vidas surgiram uma centena de novas profissões. Curso que antes eram caríssimos e inacessíveis, de repente, estavam na palma de nossas mãos. Isso já citamos em outros artigos do blog.
Essa nova geração passou a não se importar tanto com um emprego “estável” ou eterno. O formato antigo de emprego e uma futura aposentadoria tem ficado para trás.
Alguns profissionais associam a felicidade ao dinheiro. Ora, se você é bem remunerado no que faz então você é feliz, correto? Sim e não.
Fazendo uma conta rápida, descobri que dedicamos, em média, mais de 1900 horas por ano ao trabalho, descontando os intervalos para almoço e tempo com locomoção e àquele happy hour com os colegas de trabalho, porque ninguém é de ferro né?!
Pense então que você usa muito tempo da sua vida dedicado a um trabalho e atender pessoas. Se você não é bem remunerado, isso é péssimo.
Embora você ganhe bem, o dinheiro eu costumo dizer que é algo palpável, podemos fazer bom isso, podemos ter momentos de felicidade, mas não é tudo. Você se acostuma com ele.
O ser humano é o animal mais adaptável que existe e ele. Nós fomos criados para nos adaptarmos a qualquer região, clima ou circunstâncias e isso acontece quando se ganha bem.
Existe a frase que diz: se você ganha 1.000 reais, vive com 1.000 reais. Se você ganha 10.000 reais, vive com 10.000 reais. Isso é tão certo quanto dois mais dois são quatro.
Dependendo do que você faz, um salário de 10.000 reais pode ser muito, mas também pode ser pouco. Acredite, isso é bastante relativo. Se você ama o que você faz, a questão deixa de ser o preço e passa a ser o valor.
Seja o melhor naquilo que você se propõe a fazer
Tudo bem. A vida adulta está aí mesmo, não trabalho com o que amo e as contas não me perguntam sobre isso e nem me convidam para um bate papo com café, mas todo mês vem me fazer uma visita. O que faço? Desisto do emprego? Simplesmente cancelo o meu contrato?
Calma! Não precisa ser tão radical.
Se você trabalha em algo que não goste tanto, porque não tenta entender melhor a sua profissão? Busque alguma forma de se aprofundar nela. Estudá-la e buscar o aperfeiçoamento é o melhor caminho. Todas as profissões hoje em dia estão em constante mudança. Quem sabe você não toma gosto por ela. Nem todo mundo ama o que faz, mas você pode ser o melhor no que faz.
Estude, pesquise, aperfeiçoe e compartilhe conhecimentos. Se o seu trabalho tem escala e plano de crescimento eu acredite muito que vale a pena investir em si mesmo. E isso vale para qualquer atividade. Novos conhecimentos abrem o horizonte e te apontam novas possibilidades que a insatisfação pelo trabalho lhe impede de enxergar e visualizar a mudança.
Eu tenho um exemplo bem próximo de um conhecido que era empacotador de supermercado. Ele detestava o trabalho, mas gostava do meio em que estava. Os anos passaram, ele se dedicou tanto que o universo conspirou ao seu favor e um tempo depois ele cresceu, passou por várias funções na loja e hoje é o dono do supermercado onde começara com um simples, porém, exemplar empacotador de mercadorias.
Isso é importante: seja o melhor que você puder ser, sempre.
Casar ou comprar uma bicicleta?
Essa é uma dúvida cruel. A primeira leitura esta é uma simples frase, mas analisemos mais criteriosamente.
Você está numa bifurcação. Tem duas opções. Bicicleta ou casamento?
A bicicleta é um produto barato, simples e que simboliza a liberdade. É um meio de transporte inovador e que não depende de custo algum para funcionar. Só precisa da sua força física e da sua disposição e querer. A simplicidade define uma boa bicicleta. O que a bicicleta possui além e que aumentam seu custo é apenas para conforto do seu usuário.
O casamento já é uma outra parada. É um compromisso para a “vida toda”. Por isso assusta. Seus custos são maiores. Seus problemas são bem maiores. Levá-lo até ao fim da vida – ufa! – nem se fala.
Mas por que escolhemos o casamento? Elementar, meu caro Watson! É porque amamos. No ato do casamento, em sua maioria, amamos estar ao lado da pessoa. Amamos o que a pessoa nos tem a oferecer e dividir. O amor move o desejo pelo casamento.
Há duas gerações as pessoas escolhiam facilmente o casamento. Mas, essa geração Y vai sem pestanejar escolher uma boa bicicleta e sair por aí conhecendo o mundo. Estão fazendo o sentido inverso. O conflito está estabelecido. Enquanto a geração passada primeiro ganhava dinheiro para depois gastar, hoje em dia, gasta-se para depois ganhar.
Enquanto os pais perguntavam:
– O que você quer ser quando crescer?
Estamos entrando numa geração onde as pessoas crescem e depois se perguntam:
– O que você quer fazer para ser feliz?
Você faz o que você ama? Eu acho que até mesmo antes de responder esta frase, você precisa saber quem você é. E isso meu nobre leitor, não é tão simples de responder. Você precisa de uma boa dose de auto conhecimento.
Adoro imagens, textos, filmes que nos fazem refletir. Será que é porque sou visual? Bom, não sei. Se liga aí:
Em resumo, se conhecer melhor é a forma mais rápida de você saber o que te faz feliz profissionalmente. E se você descobre isso, tem à sua frente uma centena de profissões onde pode se encaixar. Se conhecer de dentro para fora é um grande passo para o sucesso, principalmente para nós, criativos. Se você ama o que você faz, sinta-se um privilegiado. Isso é para poucos.
Se sentir no que faz trará melhores resultados; Trazendo melhores resultados você será mais feliz!
Acredite, o dinheiro e o sucesso tem valores diferentes para cada indivíduo. A conquista do dinheiro e do sucesso não é o ápice profissional. É a consequência de um trabalho bem feito.
Bom, como já diria o fim dos desenhos da Warner Bros.: “That’s All Folks!”. Espero ter contribuído com um tema reflexivo para o seu dia. Então, me responda, você ama o que você faz?